Márcio Fernandes e Wagner Lopes deixam amizade construída no Japão de lado durante final entre Comercial e Paulista
A amizade começou no Japão, quando os dois ainda jogavam pelo Honda FC, em 1995. Porém é aqui no Brasil, em Ribeirão Preto, que Márcio Fernandes e Wagner Lopes irão colocá-la à prova na decisão da Copa Paulista, entre Comercial e Paulista – times que comandam – neste sábado, às 19h, no estádio Santa Cruz, do Botafogo-SP, já que o Palma Travassos está em obras para a temporada de 2012.À beira do gramado, o Comercial de Márcio Fernandes está em desvantagem depois da derrota por 2 a 0 no jogo de ida. Mas fora dele, o treinador acumula mais experiência – entre elas salvar o Santos do rebaixamento do Brasileirão em 2008 e revelar Neymar. E é com ela que o time de Ribeirão conta para reverter o placar e conquistar o primeiro título de sua história, justamente no ano em que comemora seus cem anos de fundação.
A partida ainda pode ser considerada uma revanche para Fernandes. Em 2010, o treinador, que comandava à época o Red Bull, perdeu o título da competição para o mesmo Paulista. Agora a missão é surpreender o amigo em campo.
– Ele está fazendo um trabalho maravilhoso e terei que fazer das tripas coração para reverter essa situação – falou ao LANCENET!.
Do outro lado está Wagner Lopes, que ficou conhecido como jogador ao defender o Japão na Copa de 98. Sua primeira experiência como treinador foi em 2010, quando livrou o Paulista do rebaixamento no Estadual. Com uma mão na taça, o Galo da Japi junto com seu treinador pode se tornar tricampeão do torneio – nos dois primeiros, Wagner era auxiliar técnico.
Para vencer mais esse título, Lopes aproveitará as dicas e aprendizado ao lado do "irmão".
– Eu sempre falo para ele: 'Se eu chegar a 10% do que você é, estou feliz' – afirmou o treinador.
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Bate-Bola
Márcio Fernandes
Técnico do Comercial-SP
Como você avalia o desempenho da equipe desde o começo do ano, quando você assumiu o time?
Independente do resultado de sábado é um ano maravilhoso. Mostrei aos jogadores que poderíamos chegar a uma final de campeonato. É um fato inédito e agora vamos contar com o apoio da torcida.
Sua passagem pelo Santos ajudou neste trabalho no Comercial?
Foi um grande início, fiquei dez anos na base. Revelei a maioria desses jogadores que estão brilhando hoje no Santos. Quando você não é renomado, existe muita pressão.
Como foi trabalhar com Neymar?
Eu sempre acreditei nele. Levei ele para a Copa São Paulo quando ele tinha apenas 15 anos e sofri muita rejeição por ele não ter corpo e não aguentava as pancadas.
Qual a sensação de enfrentar o seu amigo Wagner?
Ele é um irmão, um treinador muito competente. Sofremos e tivemos muita alegria juntos quando jogávamos no Japão.Ele sempre foi um exemplo de ser humano.
E qual é o seu sonho?
Voltar à elite do futebol brasileiro eu já consegui. Agora, quero ter um grande time e competitivo. O meu pensamento hoje é retornar para ficar nesse estágio.
Fonte: Lance Net
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