Comercial tenta espantar ‘bruxa’ do centenário e evita pressão
Equipes tradicionais do futebol brasileiro montaram elencos caros no ano em que completaram 100 anos e acabaram frustradas
O que era para ser motivo de festa tornou-se preocupação para os clubes de futebol que completam 100 anos de fundação. Dos 13 principais times que já tornaram-se centenários, apenas três tiveram o que comemorar no ano do aniversário mais importante da história. E a sina ganhou nome e sobrenome nos últimos anos: Maldição do Centenário.
Prestes a completar 100 anos de história, o Comercial tenta se blindar para que não engrosse a lista dos times que fracassaram, como os cariocas Flamengo, Fluminense e Botafogo; os gaúchos Grêmio e Internacional; os paulistas Corinthians e Ponte Preta; o pernambucano Sport; e o paranaense Coritiba.
"A cobrança nesses clubes foi muito grande em cima dessa história de centenário e isso mexeu com os jogadores. Aqui, no Comercial, este tipo de cobrança sobre o centenário não está existindo. Queremos subir independente de qualquer data", afirmou o diretor de futebol Rogério Vieira.
Os cartolas alvinegros têm evitado falar sobre o aniversário do clube próximos aos atletas. Possíveis festas, shows e comemorações sequer foram cogitados pelo presidente Nelson Lacerda, que apenas prometeu homenagear o ex-jogador Garrincha - fez o último gol da carreira no estádio Palma Travassos.
Até o ano passado, Lacerda enfatizou o acesso para o Paulistão, citando, por diversas vezes: "Eu quero centenário na A1". Em 2011, porém, a frase foi deixada de lado pelo cartola. E os jogadores entenderam o recado. Falar sobre centenário, somente em outubro, perto da festa.
"Nem passa pela minha cabeça essa questão de maldição, de centenário... Eu acredito muito em Deus e trabalho sempre de forma positiva", comentou o lateral esquerdo Márcio Luiz. O Comercial espera que, desta forma, quebre a maldição e faça a festa na hora certa. "Eu acredito que vamos quebrar essa escrita e conquistar o acesso. O que aconteceu com os outros clubes fica para lá. Quebraremos todos os prognósticos de times que pipocam na última hora", completou Rogério Vieira.
Fonte: Jornal A Cidade
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