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Sentimento de luto no Palma Travassos

Rebaixamento para a Série A3 evidencia todos os problemas causados pela gestão

Comercialino, Tim concedeu entrevista ontem e se emocionou
(foto: Milena Aurea / A Cidade)
Na maioria das vezes, a tragédia é precedida de sinais: um terremoto de escala elevada gera o tsunami e, rachaduras, evidenciam um prédio que está prestes a cair. O rebaixamento do Comercial à Série A3 do Paulista, no domingo, seguiu a mesma lógica. Desde o início da temporada, os indícios de que o Leão estava em perigo se fizeram presentes.

Entre ondas gigantes, desabamentos e tormentas, faltou ao clube a sabedoria de identificar o prenúncio de uma queda há muito anunciada. Ambiente turbulento, trocas no departamento de futebol, reforços questionáveis e demora no planejamento, além dos constantes atrasos salariais, são alguns dos sinais que o time deixou antes do sentimento de luto que paira sobre o estádio Palma Travassos. “Talvez não tenhamos nos articulado quando deveríamos. Montamos um time para disputar em baixo, que não tinha força para ficar na parte de cima da tabela”, disse o presidente do Conselho Deliberativo do Comercial, David Isaac. Dos 19 jogos que disputou, o Alvinegro venceu apenas seis, nenhum como visitante.

Tim critica Lacerda Sports
O gerente e técnico Vicente da Rocha Filho, o Tim, condenou os critérios utilizados pela Lacerda Sports na montagem do elenco para Série A2. “O Comercial chegou numa situação de aceitar tudo e todos. Passava um motoqueiro em frente ao estádio e jogava atleta aqui dentro. Não é assim que se faz futebol, não fizemos nada do que deve ser feito, com futebol não se brinca”, bradou Tim. O vice-presidente Rogério Vieira criticou o planejamento traçado pela gestora. “O início do planejamento foi uma coisa louca, não conseguimos fazer o mesmo trabalho de outros anos”, disse.

Presidente do Comercial entre 2010 e 2011, Rangel Scandiuzzi afirmou que a segunda queda para Série A3 em sete anos - já havia sido rebaixado em 2009 -, representa um retrocesso na história. “Voltamos a 2009. Quando assumi, o time havia sido rebaixado. Entendia que aquele contrato [com a Lacerda Sports] seria a solução, mas me afastei do clube por não concordar em ter o Lacerda [Nelson] como presidente”, lembrou. 

‘Exame de consciência’

Para o ex-presidente do Comercial José Fernando de Athayde, os erros cometidos pela Lacerda Sports foram cruciais para a queda do Leão à Série A3 de 2016. “Há tempos vínhamos nos preparando para isso. O Nelson pode ter vindo com boa intenção, mas as coisas mudaram. Houve diversos erros, entre eles, a falta de pagamento. Ele [Nelson Lacerda] precisa fazer um exame de consciência”, analisou.

Artilheiro do Comercial na Série A2 do Paulista com sete gols, o atacante Marcinho condenou a falta de organização por parte da gestora do Comercial.

“Não caímos nesse jogo [com o Catanduvense], caímos durante o campeonato, com muitos problemas extracampo. Mas a gente tinha que dar a cara para bater, treinando, com sol ou com chuva, gripado, lesionado ou não, caso de alguns jogadores. E durante esse campeonato inteiro foi assim”, disse o atacante. Com 20 pontos, o Comercial terminou a Série A2 do Paulista na 17ª posição.

Diversos cartazes com a inscrição ‘Fora Nelson Lacerda’
foram colados no estádio (foto: F.L.Piton / A Cidade)
Comercial se mobiliza para romper parceria após queda

“O Comercial precisa voltar para as mãos dos comercialinos”. A afirmação do ex-presidente do clube, Santino Soares da Silva Júnior, sintetiza o pensamento da diretoria e do Conselho Deliberativo. Após o rebaixamento à Série A3, a intenção é que Nelson Lacerda deixe o Comercial e encerre o acordo que tem com o Alvinegro até 2025.

“Há um desgaste muito grande, o presidente [Nelson Lacerda] sabe disso, mas existe um contrato no meio de tudo. São cinco anos de alegrias e tristezas”, declarou o vice-presidente Rogério Vieira. Nos próximos dias, o presidente do Conselho, David Isaac, deverá agendar uma reunião com o atual mandatário do clube para discutir o rompimento do contrato com a Lacerda Sports.

“É o momento de discutir e buscar novas alternativas, mas não adianta arrancar o Lacerda e sair procurando um novo Messias , o clube precisa se tornar auto sustentável”, disse Isaac.

Para o vice-presidente Jorge Rodini, o momento é de unir forças pelo Comercial. “Temos que arrumar a casa, quitar os débitos da gestão que não são poucos, arregimentar torcedores e conselheiros para manter o Comercial com dignidade e voltar para onde nunca deveria ter saído”, afirmou Rodini.

 Santino, presidente de 2001 a 2007, totalizando seis anos, comentou o planejamento desastroso da Lacerda Sports para Série A2 e questionou a preferência de conselheiros e diretores pelo atual gestor do clube. “Quando eu estava na presidência dezenas de pessoas queriam me derrubar, essas pessoas deixaram uma pessoa vir de fora  e assumir o clube, entregaram nas mãos do Lacerda. O Comercial caiu porque fizeram de tudo para cair, eles brincaram”, afirmou o ex-presidente do Leão.

Rival é visto como exemplo

O Comercial tem no rival Botafogo um exemplo para tentar transformar a dolorosa queda para a Série A3 em algo que renda bons frutos para o clube num futuro próximo. Contrário à permanência de Nelson Lacerda, o ex-presidente José Fernando de Athayde cobrou mobilização por parte dos comercialinos. “O Botafogo fez uma eleição com dois candidatos. Será que o Comercial não tem nenhum?”, indagou.

Santino Soares da Silva Júnior também demonstrou preocupação com o futuro do clube após o novo rebaixamento. “Quem vai assumir o Comercial na terceira divisão? É uma situação semelhante àquela quando peguei o clube em 2001 e ninguém queria assumir”, relembrou o ex-presidente do Comercial.

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