Comercial e ex-presidente comemoram os 100 anos
Aos 90 anos, cartola foi um dos principais responsáveis pela construção da Joia e do extinto poliesportivo
A centenária história do Comercial reserva capítulos de glórias e conquistas na década de 60, após a paralização de 19 anos, graças ao trabalho de um comandante que cresceu ganhando a vida como alfaiate, vendedor de remédios e engraxate. Seguindo os passos do time do coração, Mario Ricci está próximo de completar 100 anos de idade e é idolatrado até hoje pelos comercialinos, com o status de maior presidente da história do Leão do Norte.
Ainda com disposição e vitalidade, Ricci completou 90 anos em abril e, com sentimento de um grande comercialino, relembrou as passagens dele pela cadeira presidencial do time do coração ao se tornar o personagem do mês de agosto da série "100 anos do Leão", de A Cidade.
"Minha vida sempre foi de muito trabalho e ser presidente do Comercial foi um acontecimento que achei bom. Gostei e guardo as lembranças até hoje. Nunca havia passado pela minha cabeça que um dia eu assumiria a presidência do Comercial", comentou o ex-cartola.
Mario Ricci recepcionou a reportagem na sala da empresa onde ainda trabalha e tem, como "companheiro" de dia a dia, um quadro em preto e branco, no qual entrega uma placa de prata ao Rei Pelé, em jogo do Santos no estádio Palma Travassos.
História no Leão
Mario Ricci foi presidente do Comercial pela primeira vez no biênio 1961/62, no posto de Romero Barbosa. "Na verdade, eu sou torcedor do Comercial desde 1932. Morava em Serrana e um center half [médio volante] de lá, chamado Herculino, veio jogar no Comercial. Comecei a acompanhar o time e, depois que mudei para Ribeirão Preto para trabalhar em uma empresa do grupo Baldilho Biagi, o Mário Spadoni comentou que eu poderia ser o presidente do clube", relembrou Ricci.
Foi o primeiro passo para se tornar um cartola de sucesso em Ribeirão. Quando Mario Ricci assumiu a presidência comercialina, o time ainda jogava no estádio Costa Coelho. Com ele, o Comercial conquistou dois patrimônios: o estádio Palma Travassos e o extinto poliesportivo Geraldo Corrêa de Carvalho.
Humilde, Ricci faz questão de dividir o mérito. "Tudo que eu fiz foi com a ajuda dos outros. Formamos um grupo muito grande, uma equipe. Começamos a construir o estádio, o poliesportivo... Eu simplesmente era o presidente."
Fonte: Jornal A Cidade
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